Existe uma velha história sobre um viajante que encontra uma abóbora que estava começando a se desenvolver. Para proteger a pequena abóbora dos elementos, ele a coloca dentro de uma jarra. Então ele continua no seu caminho e esquece dela. Quando chega o tempo da colheita, a abóbora tinha crescido só o tamanho da jarra. A jarra, que uma vez a protegeu, eventualmente limitou o seu crescimento.
Muitas pessoas encontram-se na mesma situação da abóbora. Para encontrar proteção, elas adotaram crenças protetoras sobre quem elas são, sobre o que elas podem fazer e sobre o que elas podem se tornar. Por um tempo, essas crenças oferecem conforto e proteção, mas crenças, particularmente crenças limitantes, em breve perdem a sua utilidade. Crenças limitantes formam uma jarra. Uma vez que a “verdade” de uma crença limitante foi realizada, a pessoa para de crescer. São as próprias considerações da pessoa que limitam o potencial dela.
A dura realidade é que, quando a abóbora na jarra para de crescer, ela começa a se deteriorar. A mãe videira, seguindo sua natureza divina, transfere sua energia vital para as frutas que ainda são capazes de crescer.
Às vezes, crenças limitantes são transparentes e às vezes elas são sólidas como uma rocha, às vezes elas são adquiridas por acidente e às vezes elas são adotadas por projeto, às vezes elas são modeladas e às vezes elas são doutrinadas. Elas frequentemente parecem verdadeiras, mas ao inspecioná-las de perto, elas acabam sendo apenas uma possibilidade entre tantas outras.
Recentemente sugeri a alguém que tinha perdido o emprego, que ele deveria começar seu próprio negócio. “Oh, eu não posso fazer isso”, foi a resposta. Pressionei com a ideia. “Não, eu não fui feito para isso”, ele insistiu. “Meu cunhado começou seu próprio negócio e ele perdeu tudo.” Ele está preso em sua própria jarra de considerações.
Às vezes a vida vai quebrar sua jarra para você. Uma promoção inesperada vai exigir que você assuma responsabilidades além do seu nível de conforto ou uma tragédia pessoal fará você lidar com as coisas que você não acreditava que podia lidar. De repente você está fora da jarra, crescendo novamente.
Sim, há momentos e circunstâncias que favorecem crenças limitantes, permanescendo vinculadas à jarra, mas elas são só capítulos da sua vida, não a história toda. Oportunidades maiores-que-sua-jarra vêm com riscos. Se você basear suas decisões de vida apenas evitando riscos, você talvez nunca deixe sua jarra. Há putrefação no seu futuro.
Adaptabilidade é sábia. Planeje usar uma crença, enquanto ela o serve, mas quando ela começa a limitar o seu crescimento, reconsidere-a. Talvez o que você pensou que era impossível pode ser na verdade alcançado. Limitar o seu poder com crenças inflexíveis é imprudente.
O valor dos materiais Avatar é que eles permitem que você quebre sua própria jarra antes que você comece a deteriorar. Quão grande, quão poderoso, quão bem sucedido você pode se tornar? Você nunca vai saber a resposta se você não quebrar sua jarra.
Extraído de Tempo de Avatar número 16, por Harry Palmer.